quinta-feira, 11 de abril de 2013

A melodia


Como a melodia...

a fragrância e a frescura de uma rosa, 
a fonte que me sacia a sede e me lava os olhos…
assim é o teu corpo alvo. 
Ama-se um corpo no abraçar dos lábios...
num querer apaixonado,
num lençol fino...
num sabor a palavras novas.
Como a melodia é o teu chegar a casa...
os véus azuis que ocultam as janelas
e as sombras que projetamos nas paredes do quarto. 
No amor não há horizontes tresmalhados 
mas auroras enamoradas...
não há ilhas utópicas que nos cerceiam as mãos, 
há histórias minhas e tuas. 
Pode a manhã escurecer... 
ou a tarde ficar pincelada por ventos agrestes 
que em nós repousam calmarias 
envoltas nos suspiros da dança. 
Haverá sempre uma melodia para os amantes... 
e um instante preciso para os pintores, 
haverá sempre um poema... 
enquanto formos os versos de todas as estrofes.

Fransisco Valverde Arsénio

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