quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lagrima



Orvalho do sofrer...
dentro do peito nasce
e nos olhos em pranto sem querer floresce;
aumenta a pouco e pouco, e cada vez mais cresce...e rola finalmente em gotas pela face...

Sublime florescer da dor... 
se ela falasse
diria para o mundo a mais sentida prece,
no entanto, em seu silêncio humilde é que enternece...pois guarda na mudez um triste desenlace...

Repentina, ela brota, assim como se fosse
(de um mar que em nosso peito as ondas estrugisse)
uma gota que o vento, aos nossos olhos, trouxe...

Nuns olhos de mulher, porém, ainda não disse:
— é a pérola de um mar completamente doce,
de um mar feito de amor... de sonho e de meiguice!

J. G. de Araújo Jorge

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