Ó linda Flor, dos jardins, e dos altares
Graciosa Flor dos encantos de menina
Rosa virgem, perfumosa dos luares
Flor vermelha, taciturna e feminina
Do aroma, e dos mármores cinéreos
Da magia do amor e da límpida candura
Flor etérea dos amores, dos mistérios
Da beleza virginal e d’alma pura
Ó Flor casta, que aroma, que purifica
Que pranteia em cânticos sutis velados
De essência divinal, esplendorosa e rica
Que extasia com seus cânticos sagrados
Ó Rosa linda, Rosa virgem desconsolada
Rosa da solidão, espiritual e sedutora
Onde estará teu amor, alma desamparada
Amor dos devaneios, erma linda, sofredora?
Faz descer sobre mim, o véu do teu amor
Na unção adocicada dos teus encantos
Para difundir-me na essência da tua dor
Para consolar-te no âmago dos teus prantos!
Ana Barros
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