sexta-feira, 16 de março de 2012

Cavalo de fogo


Dar nome ás coisas.

A magia de se lidar com o inacreditável nos sustenta e liberta.

O fim traz novos recomeços.

O nome das coisas esqueci.

A imagem sempre adiada,

Rotas inalcançáveis me tornaram andarilha.

A luz em meus sonhos se transforma em fogo líquido.

Fica, pelo meu corpo escorre algo como prata derretida,

Se pudesse lhe daria como presente o silêncio pulsante das estrelas.

Mas agora é o tempo transcendido

E qualquer palavra parece esconder mais que revelar.

Sou algo entre o etéreo e o vazio.

Montada num cavalo de fogo

Meu peito se abre e sou atirada além dos meus sonhos.

Ali, o agora pulsa e o êxtase em eletricidade percorre o ser.

Renomeia...

Dê pele nova á seus personagens, voa, navega

Traz de volta o significado por trás das palavras.

Imagens...

O senhor dos sonhos se apoderou do que era Lua,

Restou um breve clarão á iluminar

Mas basta,

Ainda vibra dentro de mim a palavra secreta que liberta os sonhos,

esfumaça os desejos,

diluía a ventania.

“Renomeia”.

E cria nova tempestade,


Filha dos Ventos.


Raíssa Shakti

Um comentário:

  1. Que lindo, poderia até dizer em fabuloso.
    Sim fabuloso pois em tal imagem
    surge em minha imaginação
    uma fabula,Em tropeiro o fogo faz se passos sem ferraduras ao disparar a tocha em cruzar a liberdade infinita.

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