Muitas vezes nos perguntamos o que fazemos com esse amor todo que sentimos e nem sempre temos para quem entregar.
Um amor especial, amor único, definitivo...
Um amor que aparenta não ter sido domado, meio que bravio, mas que em outros momentos é sensato, dedicado, atencioso.
Um amor sedento que se permite cativar.
Um amor que nos faz sentir que fugimos do ponto, que mexe com nossas referências, que nos faz pairar no espaço, levitar nosso ser e que no momento seguinte nos puxa de volta para seu aconchego.
Um amor que dá um frio na barriga e relaxa a alma.
Um amor que nos eleva e nos deixa quase anjos a flutuar pelo céu, nos faz perder o ar e o substitui plenamente pela emoção.
Um amor tão intenso que descargas elétricas riscam o quarto escuro, que nos umedece a carne e lava a alma.
Um amor qual diamante, que assim se transforma devido intensidade do calor e da pressão, acaba transmutando o carvão.
Um amor que nos faz ouvir em cada sussurro um pedido, uma rogativa, um desejo, uma súplica.
Um amor que nos faz plenos de si e que nos permite conhecer a humildade de que precisarmos tanto um do outro.
Um amor que nos faz mergulhar profundamente em nosso ser e sejamos arrebatados para outra dimensão.
O que fazemos...
Carlos Eduardo Bronzoni
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