Ao mundo peço licença pra atuar onde eu quiser, meu sobrenome é competência, e o meu nome é mulher.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Amantes da aldeia
Eles tinham cabelos brancos
do amor que dói e não passa
e a lembrança dos encontros
por entre os jardins da praça...
Fecundavam-se entre beijos
e entre abraços numa dança
encobrindo entre os desejos
velhos segredos da infância...
Eram como almas agrestes
das aves férteis de outonos...
E se amavam nos ciprestes
dos silvestres cinamomos...
Ah!... os amantes da aldeia
são de quando o amor doía...
E quando morria um deles,
ah, o outro também morria...
Afonso Estebanez
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