segunda-feira, 23 de abril de 2012

Há certas horas...


Há certas horas, 
em que não precisamos de um Amor... 
Não precisamos da paixão desmedida... 
Não queremos beijo na boca... 
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, 
que só queremos a mão no ombro... 
o abraço apertado ou mesmo o estar ali...
quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, 
quando sentimos que estamos pra chorar...
que desejamos uma presença amiga...
a nos ouvir paciente... 
a brincar com a gente...
a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça... 
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo... 
Que nos teça elogios sem fim... 
E que apesar de todas essas mentiras úteis, 
nos seja de uma sinceridade inquestionável...
Que nos mande calar a boca 
ou nos evite um gesto impensado... 
Alguém que nos possa dizer: 
- Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
 - Sou seu amor! E estou Aqui!

(William Shakespeare)

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